O cangaço surgiu quando Lampião decidiu se alistar em tropa policial a fim de vingar a morte de seu pai.
Existiam
três tipos de cangaço na história do sertão:
o defensivo: de ação casual na
guarda de propriedades rurais em virtude de ameaças de índios, disputa de
terras e rixas de famílias;
O político: expressão do poder dos grandes
fazendeiros;
e o independente: com características de banditismo.
No defensivo, após realizarem sua missão de caçar índios no sertão do Cariri e em
outras regiões, a ordem dos fazendeiros, os cangaceiros se dissolviam e
voltavam a trabalhar como vaqueiros ou lavradores. As rixas entre famílias e as
vinganças pessoais mobilizavam constantemente os bandos armados. Parentes,
agregados e moradores ligados ao chefe do clã por parentesco, compadrio ou
reciprocidade de serviços compunham os exércitos particulares.
O cangaço
político resultou, muitas vezes, nas rivalidades entre as oligarquias locais, e
se institucionalizou como instrumento dessas oligarquias, empenhadas na disputa
para consolidar seu poder.
Mas no final do século XIX surgiram bandos
independentes que não se subordinavam a nenhum chefe local, tendo sua origem no
problema do monopólio da terra. Esse tipo de cangaço já existira no passado, em
função das secas, mas não conseguira perdurar, eliminado pelos potentados
locais, assim que se restabeleciam as condições normais de vida.
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